domingo, 2 de outubro de 2011

A a Z com Assis

A
AAtsosni – “Aa-tro-sni”= (vale estreito), uma das grandes famílias do clã dos índios Navajos.(fonte:Tex Willer Blog)
Ababco – Tribo ou sub-tribo dos índios Algonkins, talvez uma sub-tribo dos índios Choptanks. Em 1741 a administração colonial Inglesa notou que os Ababcos ambicionavam possuir a margem meridional do Choptank River em Maryland. Após 100 anos, quase não havia mais membros desta tribo; foram assimilados em outras tribos.(fonte:Tex Willer Blog)
Abayca - de Tequesta, vilarejo na fronteira meridional da Flórida, escreveu o Conquistador espanhol Juan Ponce de Léon.(fonte:Tex Wiler Blog)
Abbott – E.C., “Teddy Blue”, nascido em 17 de Dezembro de 1860 em Cranwich Hall, Cranwich, Condado de Norfolk, Inglaterra. Cowboy do Wyoming e de Montana, criador de gado, descobridor e desbravador de pastos, fundador dos criadores de gado em Montana, autor da famosa auto-biografia: “We pointed them north“.(fonte:Tex Willer Blog)
Abercrombie Pass – Passagem de montanha, também estação para diligências postais em Caprock Plateau no Texas sul ocidental. A linha Butterfield Overland Stage Coach em 1858, ano de sua inauguração, era usada somente uma vez por semana para a troca de mulas.(fonte:Tex Willer Blog)
Aberdon Angus – Bovinos de raça escocesa, vinda das colinas, importada em 1871 por um criador desconhecido, para  as Laramie Plains em Wyoming, depois que um Inverno duríssimo, havia provocado enormes perdas entre os Longhorns texanos. A forte e negra raça dos Angus, de longos pelos, suportava o Inverno magnificamente, porém sofria no calor do Verão. Foram feitos cruzamentos em experiências com os bovinos Brahman e chegou-se a uma raça nova; os bovinos Brangus. Mas também suas características não foram satisfatórias.(fonte:Tex Willer Blog)     
Aberginier – Nome dado pelos colonos de Massachusetts aos índios desta região. Talvez pertencessem a sub-tribo dos Wippanap, a qual por sua vez pertencia à nação dos índios Abnaki. A palavra Aberginier (Inglês: Aberginian), talvez fosse uma modificação da palavra Abnaki. (fonte:Tex Willer Blog)
(fonte:Tex Willer Blog)

Abikudshi - Acampamento dos índios Creeks, na margem direita do rio Tallahatchee Creek perto do Coosa River em Talladega County no Alabama. A maioria dos índios Abihkas falava o dialecto Chickasaw.(fonte:Tex Willer Blog)
Abilene, no Kansas
Abilene - Capital do distrito de Dickinson County em Kansas, fundada na margem oeste do Mud Creek em 7 de Junho de 1861, por Charles H. Thompson. Eleita já em 5 de Agosto de 1862 como capital, era no entanto na Primavera de 1867 ainda um vilarejo, contendo uma dúzia de casas, feitas com troncos de árvores. Somente quando a linha ferroviária Kansas & Pacific chegou ao local no Verão de 1867 e o comerciante de gado Joseph G. McCoy, correndo o risco, construiu um restaurante para os criadores e os comerciantes do norte, um centro comercial e um de divertimento para os cowboys, Abilene transformou-se naquela que os históricos, correspondentes e narradores  contemporâneos chamam de a primeira “Cidade de Bovinos” (Cattletown), a “Cidade do Pecado” (Sin City), a “Gomorra das  planícies” (Gomorrha of the Plains), a “Cidade dos seis tiros” (Sixshooter City). Quando no Outono de 1867 chegaram os primeiros grandes rebanhos de Longhorns do Texas nesta cidade, a organização de Joseph G. McCoy era perfeita. Estava previsto para os bovinos, currais de espera, vastas zonas de pastos e rampas para o embarque do gado. Os comerciantes e os criadores de gado encontraram a hospitalidade em Drover’s Cottage Hotel e os cowboys nas pousadas da Texas Street. Para eles tinham barbeiros, grandes armazéns, lojas de armas, saloons, casinos, locais de baile, quartos à hora e um “Quarteirão da luz vermelha”, fechado, com mais de 100 prostitutas; um verdadeiro paraíso de diversões, jamais visto igual. Aconteciam tiroteios todos os dias, mas quase sempre tratava-se de duelos entre os Texanos que partiam durante o transferimento das boiadas. Um vapor quente, dia e noite saia dos “banhos”, misturando-se com o vapor repleto de odores das cozinhas dos vários restaurantes, o fumo negra das locomotivas e a poeira fina das pradarias levantada por milhares de cascos. Pela primeira vez depois do fim da Guerra Civil, aqui em Abilene, notava-se novamente o contraste norte-sul; para o cowboy nómada do Texas a vida só havia um senso se era absolutamente livre, e para os nortistas, somente se houvesse dinheiro e poder.  Essa convivência entre nortistas e sulistas, provocou mudanças que estenderam-se para as pradarias. Porém o respeito de um para com o outro, e os distritos interessados na economia, tornou-se mais importante em Abilene que em qualquer outro local. Típicos nortistas como “Bear River” Tom Smith, que parava seus concorrentes com os punhos e “Wild Bill” James Butler Hickok, o pistoleiro, eram iguais aos texanos. Em 1867 foram embarcados 35.000 bovinos, em 1868  75.000, em 1869 350.000, em 1870 300.000, em 1871 600.000, e finalmente em 1872 350.000. Ao longo da linha ferroviária que conduzia ao West, nasciam outras cidades como Newtown, Caldwell, Wichita e Dodge City e o caos aumentava. Após aqueles anos loucos, foram feitas coisas impossíveis; bastava ter dinheiro e um bom revólver, sendo assim, a frota de aventureiros seguiu os rastos dos grandes rebanhos para o Oeste e Norte. Abilene forjou o seu futuro na convicção  de Theodore C. Henry, para o qual a pradaria era a terra ideal para o grão. No período da baixa económica, após a fartura, seguiu-se o período dos plantadores de grãos, dos fazendeiros, que fizeram do Kansas, o celeiro da América. (fonte:Tex Willer Blog)
Abilene é uma cidade localizada no estado norte-americano do Texas, no Condado de Taylor. A sua área é de 286,5 km² (dos quais 14,2 km² estão cobertos por água), sua população é de 115 930 habitantes, e sua densidade populacional é de 425,8 hab/km² (segundo o censo de 2000). A cidade foi fundada em 1881, e incorporada em 1883. Abilene também é conhecida por ser a cidade natal da cantora ícone pop Jessica Simpson, e por dar nome ao paradoxo de Abilene, um paradoxo do âmbito da gestão.(fonte:Tex Willer Blog)
AbileneClube Social – A vida mundana dos cidadãos com condições mais elevadas, tinha a sua sede no clube que acolhia somente casais, indicados por 4 cidadãos mais velhos do local. Lá uma vez por semana, aos domingos, os sócios dançavam ao som de valsas no Drover’s Cottage Hotel.(fonte:Tex Willer Blog)

AbileneIgrejas – Fundação em 1868 da Comunidade Batista, em 1870 da Igreja Lutherana e Universalista; em 1871 da Igreja Metodista, em 1873 da Igreja Presbiteriana e em 1874 da Igreja Católica
(fonte:Tex Willer Blog)
AbileneJornais – Do início ao fim da abolição das boiadas, os seguintes jornais noticiaram as mais desvairadas notícias; Abilene Daily, Abilene Democrat, Abilene Gazette, Abilene Monitor, Abilene News, Abilene Reporter, Dickison County Chronicle, Enterprise Journal, Reflector Chronicle e Weekly Reflector.
(fonte:Tex Willer Blog)AbileneMoinhos – Christian Hoffman construiu a Enterprise Mills em 1869. O primeiro moinho de propriedade do distrito de Abilene, foi colocado em actividade em 1873, os City-Mills em 1879 e os Dickinsons County Mills em 1882.(fonte:Tex Willer Blog)
AbilenePrisão – A primeira prisão, erguida em 1868, era uma construção calcária, grande 3,50 mts X 3,50 mts.  No mesmo ano foi destruída pela quadrilha Driscill com cordas, para libertar o cozinheiro que lá estava prisioneiro.(fonte:Tex Willer Blog)
AbileneQuarteirão da “luz vermelha” – As casas de tolerância do West tinham o costume de acender um lampião vermelho quando descia a noite. Esse gesto significava a “disponibilidade”. A primeira casa de tolerância de Abilene em 1867 encontrava-se ao sul da Texas Street, perto da escola. Em 1868 essas “senhoras” emigraram para um acampamento perto da margem do rio Mud Creek e em 1869, foram habitar num quarteirão isolado e cercado, composto de 12 barracas e sua própria administração. “Vale do Pecado” (The Valley of Sin), “Ilha do Diabo” (Devil’s Island), “Inferno do Texas” (Texas Hell) eram os nomes mais pitorescos que designavam este quarteirão, o qual tinha o seu grupo de homens protectores. A mais conhecida “senhora” era conhecida com o nome de “Colombella” e a sua barraca era a “Hattie’s House”. Somente uma vez ao dia das 16:00 às 17:00 horas, podiam ser vistas no centro do quarteirão e dia após dia, durante este desfile de prostitutas pela Texas Street, a rua ficava em polvorosa. Saloons e casas de jogos, como em qualquer lugar do West, era reservado  somente aos homens.(fonte:Tex Willer Blog)
Abilene - Seitas – Como primeira seita de colonos que se estabeleceu em Abilene, foi a Illinois Prohibition Society em 1871. Naquele mesmo Outono, surgiu a Tennessee-Colony e ao fim de Setembro a River Brethren, uma seita religiosa muito similar à dos Quackers, composta pela maioria de alemães da Pennsylvania. A influência desta gente trabalhadora e sem pretensões, mudou o carácter das pessoas ao redor, porque se interessavam mais pela agricultura que pela política.(fonte:Tex Willer Blog)
AbileneTeatro – Também conhecido como Plaza Theatre. Este edifício foi construído em 1868 e servia não só como teatro, mas também para reuniões da comunidade e festas locais.(fonte:Tex Willer Blog)
AbileneTribunal – A primeira determinação do juiz Cyrus Kilgore, foi a seguinte: “Nenhum cavalo, mula, asno, ovelha, porco, boi ou qualquer outro animal, poderá vagar dentro da cidade, durante o dia ou noite”. Como resposta, os sarcásticos cowboys conduziam seus rebanhos pela Texas Street, entravam com seus cavalos em saloons, pousadas e armazéns e ficavam sentados nas selas, fazendo-se servir.(fonte:Tex Willer Blog)
Abiquiu – Pueblo fundado em 1747, pelos espanhóis e invadido naquele mesmo ano pelos índios Utes. Depois do acontecido permaneceu desabitado durante um ano. Em 1748 estabeleceu-se no local 20 famílias, que foram novamente atacadas pelos Utes e Navajos. Os habitantes somente retornaram ao Pueblo em 1754. Em 1765 o nome do povoado foi trocado para Santo Thomas. Ainda hoje lá permanece, perto do rio Chama no Rio Arriba County do Novo México.(fonte:Tex Willer Blog) Abmoctac – A velha cidade Costanier, próxima a Missão Dolores em São Francisco, Califórnia.(fonte:Tex Willer Blog)
Abnaki – Tribo dos índios Algonkins. A administração colonial Inglesa e Francesa usavam esse nome como classificação das tribos que se encontravam na região do actual estado do Maine. Em 1604, Champlain foi visitar uma pequena cidade (composta de pequenas choupanas) na foz do Penobscot River, lá, onde se encontra hoje a cidade de Bangor, Maine. Os Abnakis lutaram ao lado dos Franceses, contra os vitoriosos Ingleses.(fonte:Tex Willer Blog)

Abraham Lincoln – Nasceu em Hardin, no estado Sulista de Kentucky, a 12 de Fevereiro de 1809. Morreu assassinado às 7 horas e 20 minutos da manhã de 15 de Abril de 1865, por John Wilkes Booth, ironicamente um actor, num complô com seus comparsas; George Atzerodt, Edward Spangler, Lewis Payne e com a participação feminina de Mary Surrat, durante uma apresentação teatral no Ford’s Theatre, em Washington. Foi o16° presidente dos Estados Unidos de março de 1861 até seu assassinato em abril de 1865,tendo seu mandato 4 de março de 1861 a 14 de abril de 1865 .Filho de trabalhadores rurais, aos 7 anos conseguiu entrar numa escola pública. Teve de abandoná-la depois de poucos meses; a família, enfrentando constantes dificuldades financeiras, vira-se obrigada a mudar para Indiana. Também nessa cidade as condições eram duras; Nancy, a mãe do pequeno Abraham, faleceu dois anos depois. O marido, Thomas Lincoln casou-se então com Sarah Bush Johnston, que ensinou Abraham e sua irmã a ler. O jovem pedia livros emprestados a amigos e vizinhos e estudava após as tarefas diárias. Trabalhou numa serraria e foi barqueiro nos rios Ohio e Mississipi.Quando Abraham tinha 21 anos, sua família mudou-se para Springfield, no Estado de Ilinois. Ele exerceu então, as mais diversas profissões; lenhador, barqueiro, caixeiro, agente dos correios, ajudante de moinho e de granja. Em seis semanas, aprendeu o ofício de agrimensor e trabalhou em medição de terras. Estudando sem cessar, fez por correspondência o curso de Direito e em 1837, passou a exercer a advocacia, destacando-se entre os colegas por sua honestidade e competência. Dado a meditações e por causa de seu corpanzil desengonçado, era uma figura estranha; no entanto, apesar disso, respeitada e popular. Iniciou a sua carreira política em 1834. Em 1842 casou-se com Mary Todd. Foi eleito em 4 de Março de 1861 como presidente dos EUA. Foi uma personagem marcante e importante no cenário da Guerra de Secessão.Liderou o país de forma bem-sucedida durante sua maior crise interna, a Guerra de Secessão, preservando a União e abolindo a escravidão. Antes de sua eleição em 1860 como o primeiro presidente Republicano, Lincoln atuou como advogado de condado, legislador pelo estado de Illinois, membro da Câmara dos Representantes e duas vezes candidato derrotado ao Senado dos Estados Unidos. Oponente declarado à expansão da escravidão nos Estados Unidos, Lincoln venceu a pré-candidatura do Partido Republicano em 1860, sendo eleito presidente no final do mesmo ano. Grande parte de seu mandato foi dedicado ao combate aos separatistas dos Estados Confederados da América durante a Guerra da Secessão. Ele introduziu medidas que levaram à abolição da escravidão, promulgando a Proclamação de Emancipação em 1863 e promovendo a aprovação da Décima terceira emenda da constituição dos Estados Unidos da América.Lincoln supervisionou ostensivamente os esforços vitoriosos de guerra, especialmente na seleção dos melhores generais, como Ulysses S. Grant. Historiadores concluíram que ele conseguiu se sobrepor às diversas facções do Partido Republicano, negociando a cooperação dos líderes de cada uma delas pessoalmente em seu gabinete. Sob sua liderança, a União obteve controle dos estados escravocratas de fronteira durante a guerra, ao mesmo tempo em que ele conseguia se reeleger na eleição presidencial de 1864. Opositores políticos e outros oponentes à guerra criticaram Lincoln por se recusar a chegar a um denominador comum na questão da escravidão. Por outro lado, os Republicanos Radicais, uma facção abolicionista do Partido Republicano, o criticou pelo avanço lento na abolição da escravatura. Mesmo com esses adversários, Lincoln conseguiu conquistar a opinião pública através de sua retórica e discursos; seu Discurso de Gettysburg, de 1863, tornou-se um símbolo icônico dos deveres de sua nação. Nas etapas finais da guerra, Lincoln tinha uma visão moderada da Reconstrução, procurando reunir seu país de forma mais rápida através de uma política generosa de reconciliação.Seis dias após a rendição em larga escala das forças Confederadas sob o comando do General Robert E. Lee, Lincoln se tornou o primeiro Presidente dos Estados Unidos a ser assassinado.(fontes: Tex Willer Blog , Wikipédia)



Abridor – (Inglês: Can Openers), nome sarcástico dado para as esporas.

Acampamento de fronteira – (inglês: Line Camp) – Também conhecido como posto avançado do rancho ou guardas de confins. Nos grandes ranchos, cujos pastos não podiam ser observados unicamente pela sede do edifício central, existia, longo o perímetro mais externo, sólidas cabanas feitas com troncos de árvores ou adobe, ocupadas por dois guardas “confinados” a cavalo. Suas obrigações consistiam em cuidar dos animais doentes e impedir a perda das boiadas. Durante o Inverno eles quebravam o gelo que era formado na superfície dos depósitos de água, afugentavam os animais predadores e faziam a defesa contra os ladrões de gado. Os guardas ajustavam também as cercas vivas e ficavam de serviço 14 semanas durante o Verão e 3/4 semanas durante o Inverno, depois eram substituídos.
Acampamento e a sua forma circular – Quando as tribos das planícies se empenhavam em grandes caçadas, a cada etapa as mulheres índias preparavam grandes acampamentos com seus quinhentos metros de diâmetro. Muitas vezes juntos aos “tipis”, formava-se um grande círculo, do qual era formado por círculos menores; nos quais eram reunidos as famílias ou um clã político. Junto aos Dakotas, essa formação possuía o nome de “Conselho dos Sete Fogos”, reunindo dois grupos, um composto com quatro círculos e o outro com três. Os Omahas acampavam-se formando uma grande circunferência na qual se podiam reunir dez famílias. Ao menor barulho os cavalos eram reagrupados no centro. Quando os Kiowas, os Cheyennes e as outras tribos do Oeste reuniam-se para a Sun-dance (Dança do Sol), que era feita uma vez ao ano, acampavam-se num círculo maior que o normal, no qual cada divisão ocupava um lugar pré-estabelecido, segundo uma ordem regular. Todas as aberturas dos tipis eram voltadas para o leste. Quando invés os índios estavam em pé de guerra, os acampamentos eram montados sem uma organização precisa.
Accomac – (“Acco-mac”= “O pequeno povoado do outro lado da praça”), certa vez a tribo da então chamada Confederação Virginia, pertencia à família dos Algonkin. Após 1812, esta tribo perdeu a sua identidade como grupo étnico e foi absorvida por outras.


Achougoula – (da palavra “ask-un-ga”= cachimbo feito, o chamado “Povo dos cachimbos”), Achougoula era uma das nove cidades (1699) da então chamada Confederação “Natchez”.





Acoma Pueblo – Pueblo grande que permaneceu quase intacto, tornou-se famoso por sua cerâmica. O termo “acòme” significava “gente das rochas brancas”. Este Pueblo encontra-se numa elevação rochosa com 115 mts. de altitude, 90 kms. a oeste do Rio Grande do Norte no Valencia County do Novo México. Em 1540 foi visitado pela expedição Coronados que chamou a cidade de “Acuco”. Acoma Pueblo é mais antiga colónia habitada nos EUA. Os índios deste Pueblo aravam os campos e cultivavam milho, melões, feijões, etc. Como animais domésticos criavam perus. Hoje Acoma é um ponto turístico, 18 kms. ao sul da US-Highway, número 66 e 90 kms. a oeste de Albuquerque, Novo México, onde, os índios ainda hoje oferecem a sua famosa cerâmica.
Acoti – Local indicado em pergaminho datado de 1865, como o nascimento de Montezuma, a oeste de Taos, Novo México.
Actinea – Planta, usada pelos Navahos, para a produção de um colorante verde-amarelado. Os cobertores Navahos tingidos com a actinea não sofrem o branqueamento, mesmo se expostos ao sol ou chuva e conservam a sua cor vivaz por dezenas de anos.
Adai – Tribo de índios, cujo dialecto era muito semelhante ao Anadarko. Os Adais faziam parte da então chamada Confederação Caddo. Em 1572 esta tribo foi visitada pelo conquistador espanhol Cabeza de Vaca. Logo após os Adais foram muito útil aos Franceses em vista dos anteriores planos de conquista Espanhol (1571), daquela parte da Lousiana por eles ocupada. A estrada que unia a cidade Adai (que compreendia uma parte do território colonial Francês e outra do território Espanhol) era conhecida como a “Trilha dos contrabandistas” e foi muito usada por ambas as partes. O traçado passava inclusive perto de San Antonio de Boxar, um forte Espanhol. A tribo Adai encontrando-se sob controle Francês e Espanhol, sofreu muito pelas sanções impostas por ambas potências coloniais.(fonte:Tex Willer Blog)
Adams - 1. Alwin, nasceu em Vermont, fundava em 1841 a Adams & Company’s Express, companhia para expedição de valores, que após 12 anos era a mais importante da Califórnia. – 2. Andy, cowboy, com a idade de 20 anos já no Texas, comprava e vendia cavalos e gado e levava as boiadas de Brownsville, Texas, até Montana. Em 1892 sugestionado pela febre do ouro foi para Cripple Creek, Colorado estabelecendo-se por lá, e começou a escrever o livro “Reed Anthony, Cowman”, onde relatava as características de um criador de gado, uma série de contos breves (Cattle Brands) e o best-seller “The Log of a Cowboy” (O Diário de um Cowboy), que surgiu em 1903 num período o qual o “Virginier” de Owen Wisters tinha já tornado famosa no mundo a figura do cowboy. – 3. Daniel, nasceu em 1861 e foi fuzilado por Joe Mitchwell e Nels Matthews em 21 de Novembro de 1884 em Dodge City. Deixava mulher, um filho e a invenção do relógio de bolso. “que dava corda sozinho”; foi produzido em baixa escala, e considerado o precessor dos relógios automáticos. Após 7 anos, este relógio era fabricado como “relógio perpetuum”, pelo relojoeiro Harald W. Neihardt de St. Louis. O xerife Michael Surghrue de Dodge City procurou os assassinos, oferecendo uma recompensa, prendeu Joe Mitchwell e o levou para a prisão do Distrito. Em 26 de Novembro de 1884, por volta da meia-noite a população furiosa desarmava o ajudante Thompson e linchava o assassino. O jornal “Dodge City” em 4 de Dezembro de 1884, trazia esta notícia: “O prisioneiro foi enforcado numa das traves do depósito de lenha de Bullen & Averill. O seu cadáver foi retirado as 10:25 horas”. – 4. Gus, um inspector da União de Criadores de Gado, empregado entre 1883/1885 pela Mocassin Association de Montana como detective especial, participou de inúmeras buscas aos ladrões de cavalos e gado. Essas caçadas, geralmente terminavam com o enforcamento dos prisioneiros na primeira árvore robusta da região.  
Adams, Burke & Co. – Sociedade do comércio de gado, propriedade da “Union Stock Yards” em Chicago, que assinou contratos de entrega de longa duração com os pecuaristas do Texas.
Adams, Diane & Adams – Pequena fábrica de munições da Virgínia, que produzia vários modelos de revólveres a percussão para as tropas dos Confederados, segundo  o sistema Colt.

Adams & Company’s Express - “Cada dia, milhares de pessoas deixam os Estados e vão em direcção do Atlântico para irem à Califórnia. Cada homem deseja receber uma carta de casa, tantos encontrarão ouro e gostariam de mandar para o Oeste. Antes, nunca tinha aparecido uma ocasião assim grandiosa, para a expansão da nossa empresa de transporte de valores”. Com estas palavras,  Alvin em 1852 colocava a base do seu império. Em três anos serão investidos 2 milhões e dólares para o correio a cavalo e serviços postais com diligências, quase todos os pequenos empreendedores serão incorporados; foi criado um enorme consórcio, com bancos próprios. Em 23 de Fevereiro de 1855, um mês após a publicação de um balanço sólido, anunciava-se a primeira grande falência do West; o primeiro banco “Adams & Company” não conseguia pagar as suas dívidas. As arriscadas especulações feitas nas companhias ferroviárias do Oeste, chegaram à falência; o império do “Express” desmoronava como um castelo de cartas.
Revólver Adams & Trender


Adams & Trender – Fábrica Inglesa de munições, que exportou de 1850 a 1867 um grande número de modelos de revólveres a percussão nos EUA. Muitos homens que andavam pelo West, carregavam consigo tais revólveres.(fonte:Tex Willer Blog)

Adios – Cumprimento Espanhol, muito popular entre os cowboys do sudoeste; significa adeus, como a palavra Francesa “adieu”, “com Deus”.É diferente em sentido de "Vaya con Dios " que quer dizer "Vai com Deus" ou "Que Deus te acompanhe" (fonte;Tex Willer Blog)

Adirondack – Expressão da língua Mohawk, significa “comedores de árvores”. A sub-tribo dos índios Mohawks, que em tempos difíceis, alimentavam-se com a cortiça das árvores, pertencia à família dos Algonkis e vivia num distrito setentrional do rio San Lorenzo.(fonte:Tex Willer Blog)
Adobe – Terra argilosa muito difusa nos estados meridionais e ocidentais dos EUA e no México, que misturada com água, areia e palha sob uma contínua irradiação dos raios solares, fica rapidamente compacta como um tijolo. Este “tijolo”, que media + ou – 45x13x20 cms., já era conhecido no Antigo Egipto e nos hieróglifos e eram chamados de “pedra cozida”. Em Árabe chama-se “At-tob” e em Espanhol “Adobar”, que significa compor, reparar, adornar. Somente no século XVI os Espanhóis iniciaram a trabalhar com formas de madeira; até aquela época faziam os tijolos redondos, empastados com uma cinza especial.  Com a cal se usava o barro misturado ao adobe. As casas feitas com esses tijolos possuem paredes grossas de 50 cms, que durante as horas quentes do dia permanecem mantendo a temperatura  amena, e no frio da noite, irradiam o calor acumulado durante o dia. Verifica-se assim uma compensação de temperatura que talvez nem o mais moderno ar-condicionado poderia dar hoje em dia. Por esse motivo ainda hoje no sudoeste usam-se os tijolos adobe para a construção de casas, e sua composição é sempre a mesma.(fonte:Tex Willer Blog)


 
Coronel Christopher "Kit" Carson

Adobe Walls – Posto comercial próximo da margem setentrional do Canadian River no Panhandle District do Texas, construído em 1843 pelo comerciante William Bent, que trocava mercadorias com os índios Comanches e os índios Kiowas, até Novembro de 1864, quando o Coronel Christopher “Kit” Carson com 14 oficiais, 321 soldados, 72 “scouts” índios e 2 pequenos canhões de montanha dizimou estas 2 tribos na primeira histórica batalha de Adobe Walls. Na Primavera de 1873 os mercadores de peles de bisontes John e Wright Moar provenientes de Dodge City fundaram sobre as ruínas um depósito para abastecer os caçadores da região. Comanches, Kiowas e Cheyennes furiosos, pela expansão de caça a esses animais que ameaçavam a sua existência, atacaram sob o comando de Quannah Parker em 27 de Junho de 1874, 28 homens e uma mulher em Adobe Walls. Após 10 horas de batalha os branco contaram 3 mortos e os índios 80 mortos e alguns feridos. A lenda conta que, nessa ocasião o caçador de bisontes Billy Dixon com um sensacional tiro de 1538 yards ( 1384 mts) desmontava um índio.

Adoeete – Cacique dos índios Kiowas, famoso sob o nome de “Grande Árvore”, que do sudoeste de Oklahoma ia atacar no Texas, onde o governo estava construindo o Forte Sill bem ao centro do território Kiowa. Após atacar um trem, soldados o prenderam no próprio Forte. Prometendo que a sua tribo não mais atacaria os brancos, ele foi libertado. Partiu para a reserva de Kiowa no território indígena de Oklahoma e converteu-se ao Cristianismo. Adoeete manteve sua palavra e não cometeu nenhum outro ataque.


Agaihtikara – Sub-tribo dos Paviotsos que viviam em Walker River e Carson River, Nevada, conhecidos também como “Comedores de peixes”. A tribo com 1500 índios, sob o comando do cacique “Oderie”, foi falada até 1866, depois foi confinada gradualmente em reservas.

Agave - (Latim: Agave americana; Inglês: Agave; Mexicano: Maguey) de origem grega (aguauè = bela). Género de planta adaptada ao clima quente e seco, muito  conhecida em centenas de variedades no México e nos estados meridionais dos EUA. Das raízes os índios e os mexicanos extraiam o aguardente Pulque e o Mescal, enquanto usavam as suas folhas para a feitura de cestos e sandálias. Suas flores brancas dos arbustos erectos e altos, de geralmente 10 mts., se cozidas tornavam-se uma saborosa verdura, se secas e condimentadas com o mel, resultava num óptimo doce. Com o “coração” da flor triturado, fazia-se farinha e com ela uma espécie de pão, cozido em brasas. As raízes das agaves eram para os índios Apaches, no deserto, o seu alimento mais importante.
Agawano – Pueblo pré-histórico dos índios Nambes do Novo México perto do rio Grande do Norte.

Agua Caliente – Reserva Californiana, na qual, em 1880, viviam 560 índios sobreviventes da tribo do deserto Cahuilla. Essa tribo nutria-se de ervas e vermes. Helen Jackson em 1880, disse: ” É um deserto que possui somente uma nascente quente, encontra-se num depósito rochoso muitos metros abaixo do nível do mar e estes índios são paupérrimos; mais de quanto uma pessoa possa imaginar”.

Aguancy – Cidade do sul de Washita River, em Arkansas, visitada em 1542 por De  Soto, havia não só um importante centro comercial, naquela pradaria oriental, mas era importante sobretudo por suas salinas.

Águia – Como os antigos, os índios consideravam a águia o emblema da força e da coragem. Eles a temiam, algumas tribos a veneravam e outras eram terrivelmente supersticiosas à sua imagem. Os Hopis diziam que a águia era o Deus do céu, outros a viam como a encarnação do Pássaro Trovão. As extraordinárias faculdades da águia: sua visão ampla, o seu modo de voar muito em alto no céu, a sua longevidade, impressionava os índios a tal ponto que eles viam nela o símbolo da esperança e garantia de sucesso e na vitória. A maioria dos índios era convicta que a águia tivesse sido criada por um Ser Supremo que lhe havia dado uma beleza superior. A águia da cabeça branca transformou-se no emblema dos Estados Unidos da América, porém os índios preferiam aquela dourada, ou a águia das montanhas, que por um longo período dominava o West. A caça à águia era particularmente perigosa e podia ser feita somente por guerreiros inteligentes e espertos. Algumas tribos não hesitavam em escalar as montanhas altas, para capturá-la nos ninhos. As tribos das planícies recorriam a uma estratégia que requeria muita audácia e confiança em si. Um guerreiro escondia-se num buraco entre arbustos, no qual era colocado um pedaço de carne. Quando ela pousava, para capturar a isca, as mãos do índio seguravam as suas pernas. Esse tipo de caça dava início a cerimónias solenes. Quando o espanhol Coronado estava entre os índios dos pueblos, encontrou águias domesticadas. As penas da águia dourada eram muito apreciadas; serviam para a confecção de ornamentos para a guerra. Uma tira de couro com doze penas de águia valia mais que um poney das planícies e as mais cobiçadas eram as penas brancas com as pontas negras. Elas serviam para decorar o escalpo arrancado do inimigo, as crinas dos cavalos e os escudos. Um índio podia portar uma pena de águia somente quando houvesse matado um inimigo em combate e em algumas tribos, somente se tivesse desafiado o seu inimigo. O número de penas correspondia ao número de inimigos mortos ou de combates enfrentados. Junto aos índios Chippeways, um guerreiro que houvesse escalpelado o seu inimigo, tinha o direito a duas penas e se houvesse liberado um prisioneiro ferido, a cinco penas. Algumas tribos utilizavam para os sacrifícios as penugens, as penas das asas e dos rabos. Os Sioux faziam com elas, abanadores. As penas da águia eram óptimas para a feitura das flechas. Os ossos da águia serviam para fazer apitos, que eram usados durante as cerimónias e, sobretudo para a Sun-dance dos Cheyennes. As garras acreditavam que trazia sorte. A águia é o nome comum dado a algumas aves de rapina da família Accipitridae, geralmente de grande porte, carnívoras, de grande acuidade visual. O nome é atribuído a animais pertencentes a gêneros diversos e não corresponde a nenhuma clade taxonômica. Por vezes, dentro de um mesmo gênero ocorrem espécies conhecidas popularmente por gavião ou búteo. Suas principais presas são: coelhos, esquilos, cobras, marmotas e outros animais, principalmente roedores, de pequeno porte. Algumas espécies alimentam-se de ovos de outros pássaros e peixes. Costumam fazer seus ninhos em locais altos como, por exemplo, topo de montanhas e árvores de grande porte.Existem diversas espécies de águias, as mais conhecidas são: Águia-de-cabeça-branca, águia-gritadeira, águia marcial, águia-malaia, águia-dourada-européia e águia-impérial-ibérica. Entre suas características possui um peso de até 6Kg, comprimento de até 1 metro, com uma envergadura de até 2 metros, poe até 3 ovos a cada vez,o tempo de incubação dura 35 dias e atinge uma velocidade de aproximadamente 100Km\h.As águias são também símbolos utilizados em vários contextos e culturas.
Águia Imperial ibérica
Águia Imperial Ibérica - (Aquila adalberti) é uma espécie de águia endémica do sudoeste da Península Ibérica e norte de Marrocos. Até pouco tempo era considerada uma subespécie da águia-imperial-oriental (Aquila heliaca), porém os estudos do ADN de ambas as aves demonstraram que estavam suficientemente separados para cada uma constituir uma espécie válida. A águia-imperial-ibérica encontra-se actualmente em perigo de extinção.A sua plumagem é parda muito escura em todo o corpo, excepto nos ombros e parte superior das asas, de cor branca. A nuca é ligeiramente mais pálida que as outras partes do corpo, e a cauda mais escura, sem faixas claras ou linhas brancas como na águia-imperial-oriental. No caso dos indivíduos subadultos, estes são pardos avermelhados, sem diferenças de coloração, e não desenvolvem a plumagem dos indivíduos até aos 5 anos de idade, ao mesmo tempo que atingem a maturidade sexual. O tamanho médio dos adultos é de 80 cm de altura e 2,8 kg, se bem que as fêmeas, maiores que os machos, possam chegar aos 3,5 kg. A envergadura varia entre os 1,9 e 2,2 m.Habita em áreas de sobreiros e azinheiras esparsos, com pradarias próximas. A base da sua alimentação é constituída por coelhos, que caçam solitárias ou em parelha. Também depreda sobre lebres, pombos, corvos e outras aves, e em menor escala raposas e pequenos roedores, podendo alimentar-se ocasionalmente de carne de cadáveres. As capturas são consideravelmente menores que as da águia-real, dado que as garras da imperial não são tão fortes como as da real. Ao contrário da águia-imperial da Eurásia e África oriental, a espécie ibérica não emigra. Cada casal defende a sua zona de caça e reprodução (uns 2000 hectares) durante todo o ano. A águia-imperial-ibérica é monogâmica. A época de acasalamento tem lugar de Março a Julho, durante a qual as águias restauram um dos ninhos que têm usado durante anos, rodando de um para outro. Estes ninhos estão situados na copa de árvores como sobreiros e pinheiros. Nas zonas de reflorestação habituaram-se a nidificar sobre eucaliptos, apesar de ser esta una espécie alóctone. Nidificam tanto em ramos altos como baixos. A postura típica consta de quatro a cinco ovos de 130 gramas de peso que são incubados durante 43 dias. É normal desenvolverem-se até três crias, ainda que esta tendência tenha diminuído ao longo dos últimos anos devido ao uso de pesticidas, que aumentam o número de ovos estéreis. Se o ano é mau e há pouca comida, a cria maior monopoliza-a e é a única que sobrevive; não obstante, pode-se dizer que a águia-imperial-ibérica não pratica o cainismo. Quando necessitam de ir em busca de comida, os progenitores cobrem os ovos ou crias com folhas e ramos para evitar que sejam descobertos pelos predadores, algo que por vezes não é suficiente, resultando que algumas crias sejam capturadas por uma águia-real ou, no caso de ninhos baixos, por uma raposa ou outro carnívoro de tamanho médio. As crias abandonam os ninhos entre os 65 e os 78 dias, mas continuam a viver nas imediações e a ser alimentados pelos progenitores durante quatro meses. Após este tempo, tornam-se independentes e iniciam uma vida nómada. Quando alcançam a maturidade sexual visitam frequentemente os limites dos territórios de casais sedentários em busca de algum indivíduo de sexo oposto solteiro ou viúvo. Os jovens nómadas são frequentemente atacados pelos casais adultos em cujos territórios entram.É um animal Ovíparo.(Fontes: Wikipédia e Tex Willer Blog)

Ahone – Palavra que significava “Deus” na linguagem dos índios Powhatan da Virgínia.(Fonte:Tex Willer Blog)

Ahorn – (Latim: Aceraceae; Inglês: Maple Trees) De todas as espécies de plantas árboreas  que encontram-se na América do Norte, a ahorn de açúcar é a mais conhecida dos cowboys e dos índios. De importância essencial é o seu conteúdo adocicado. O xarope “Maple”, líquido viscoso e muito doce de cor castanha, era indispensável para o cozinheiro do rancho ou durante o transporte das boiadas. Do xarope conseguia-se também, vinho e brandy.

Ailward – Fred, chamado também como “Big Jim”, cowboy do Rio Concho no Texas. Certa noite, voltando embriagado com o seu colega Bill Williams de uma farra em Neutral City (Terra de Ninguém), começou atirar, sem motivo aparente,  na casa do cidadão Ira Norton. O velho teve que se proteger, jogando-se ao chão. Quando Norton notou que já estava sem munição,  respondendo aos tiros, arrancou pedaços irregulares de metal  de uma velha panela com uma picareta e carregou o seu revólver. O primeiro disparo, matou imediatamente Bill Williams, o segundo derrubava Big Jim da sela. O doutor Vardan, que fez a necropsia e contou com um “amigo” para concluir a sua experiência, preparou o esqueleto alto 1,92 mts. de Big Jim Ailward e colocou-o no seu consultório em Gate, perto de Beaver City. Por muitos anos os pacientes puderam observar os numerosos fragmentos de bronze de Ira Norton que se encontravam em quase todos os ossos de Big Jim.

Akasquy – Tribo de índios que habitava perto do River Brazos, Texas, foi cercada em 1687 por La Selle e desapareceu no século XIX. Os índios Akasquy faziam os seus trajes com peles de bisontes e ornavam as costuras com plumas de pássaros.

Akonye – Grupo familiar de índios do Arizona, que eram chamados de “A-kon-ye” (O povo do Canyon), foram para o Forte Apache e a reserva San Carlos.

Alabama Black Cherry – (Latim: Prunus serotina alabamensis; Prunus é a palavra latina para “Prunia”  e serotina significa “Florescer tardio”), no Oeste é também chamada de Mountain Black Cherry e Rum Cherry. Essa árvore pode atingir a altura de 30 mts., floresce de Março a Junho e os frutos amadurecem de Junho a Outubro. Possuem uma pele macia, são negros, sucosos e agridoce. Esses frutos secos serviam aos cowboys como ingrediente para doces, recolhidos directamente do pé, serviam de sobremesa aos cavaleiros. Secos e sem as sementes eram úteis como alimento durante as longas cavalgadas pelo deserto. Mais de 50 espécies de animais alimentavam-se deste fruto, porém para o gado, as suas folhas eram letais pois o seu veneno causava graves cólicas. Um chá feito da cortiça da Black Cherry sarava de resfriados e se os cowboys viajavam muito, as suas roupas íntimas eram banhadas numa espécie de extracto, obtido da mesma cortiça, que após a secagem, impedia que os cowboys sofressem de assaduras. A lenha macia, era usada para esculturas e ornamentos.

Batalha do Álamo
Alamo1. Frades Franciscanos Espanhóis construíram em 1724 Alamo na periferia de San Antonio de Baxar que era uma Missão fortificada, chamada “San Antonio Valero”. Durante a guerra mexicana da independência (2 de Outubro 1835 a 22 de Abril de 1836), o Alamo era um local importante e estrategicamente decisivo para o Texano Sam Houston (comandante do exército e homem político), cujo compromisso era o de parar a armada, muito bem organizada pelo presidente Mexicano Santa Anna, até quando os grupos de combatentes voluntários Texanos tinham a possibilidade de reunirem-se. Quando em 24 de Janeiro de 1836 Santa Anna com seus melhores generais, muitos canhões e 6000 soldados, cercou o Alamo, o jovem William Barret Travis, comandante Texano da pequena guarnição compreendeu que não haveria a mínima chance com seus 182 homens; entre eles os lendários Davy Crockett e Jim Bowie e um único canhão. – “Estou pronto”, escreveu Travis na sua última carta para “todos os americanos do mundo, a resistir o mais possível e morrer como um soldado, que não esquece o dever para consigo mesmo e para o seu País”. Santa Anna limitou-se no início a atingir com tiros explosivos e incendiários de canhões a Missão, causando poucos danos. Os atiradores de elite Texanos, quase todos habituados a combaterem contra os índios, causaram relevantes danos ao inimigo; assim Santa Anna em 6 de Março decidiu o ataque. O toque de corneta “deguello” (fazer maior dano possível; acção de degolar) e o estandarte vermelho escarlate pendurado na catedral de San Antonio de Bexar (este sinal, era tradição dos tempos da guerra Espanhola contra os Mouros, significava que não podiam ser feitos prisioneiros), concediam a armada Mexicana um torpor sanguinário. Durante 5 horas 6000 soldados lutaram das 4 horas da manhã até as 9, contra os 182 resistentes. Tombaram 1544 soldados e 2367 foram mais ou menos mortalmente feridos; Davy Crockett, o último defensor de Alamo, ao centro de 16 Mexicanos também mortos. Somente 5 mulheres, algumas crianças e 2 escravos negros deixavam o Alamo, vivos. Diante do campo de batalha Santa Anna desesperado gritava aos seus generais: – “Mais uma vitória dessas e estaremos arruinados!”. A 21 de Abril de 1836, Sam Houston preparava para o ditador Mexicano a sua Waterloo, próximo a San Jacinto. Com o grito de batalha: – “Pensem em Alamo!”, 910 Texanos barbudos atacavam os 1568 soldados Mexicanos. Quando a batalha terminou, Santa Anna era  prisioneiro de Houston e somente 938 soldados sobreviveram. Dos homens que defenderam Alamo, 29 eram de Tennessee, 17 da Inglaterra, 13 da Virgínia, 11 da Irlanda, 9 do Kentucky, 8 da Escócia, 8 do Sul da Carolina, 7 do Missouri, 7 da Giórgia, 7 de New  York, 6 da Bavária, 6 da Pennsylvania, 5 da Prússia, 5 de Maryland, 5 da Lousiana, 4 do Norte da Carolina, 4 de Ohio, 4 de Mississipi, 3 do Arkansas, 2 de Gales, 2 da França, 2 do Alabama, 2 de New Jersey, 2 de Massachusetts, 2 de Connecticut, 1 da Dinamarca, 1 de New Hampshire e 1 do Maine. – 2. Fim da batalha heróica de Alamo nome usado pelos saloons na cidade dos bovinos (Abilene), Dodge City e Newton em Kansas. – 3. Palavra Espanhola que indicava todas as especiarias derivadas das árvores da família do salgueiro (Latim: Salicaceae, Inglês: Willow Family), que era muito comum no sudoeste dos EUA com o nome popular de “Cottonwoods”. A Missão de San Antonio de Valero era adornada por essas árvores, muito características, que além de uma agradável sombra, serviam aos viajantes, que procuravam a Missão, como um ponto de referência.

Alamocitas Canyon – Profundo precipício entre o Rito Blanco Pasture e o Canadian River em território do XIT-Ranch no Texas oriental, que servia aos cowboys da fazenda (XIT = 10 em Texano), esse rancho, que se estendia por 10 condados, era circundado por 10.000 kms. de cerca para protecção do gado durante as tempestades de neve. O cowboy Gene Elliston no Inverno de 1892, escrevia: “Quando chegou a tempestade, os amigos Flannellauge-Frank e Bob Blackell congelaram nas selas e morreram a menos de 5 milhas de distância do Canyon. Mesmo antes que a tempestade soprasse o seu gelo no Canyon, já estavam mortos 500 animais e 24 cavalos”.
Alamocitas Ranch Division - O grupo do XIT-Ranch, que habitava numa fazenda em Alamocitas Canyon era utilizado principalmente durante o Inverno, para proteger as boiadas que se encontravam nas regiões.

Longhorns
Alamo Plaza – Grande praça em San Antonio de Bexar, Texas, na qual durante muitos anos era o centro comercial dos Longhorns, antes mesmo de sua ida para o norte. Os hotéis próximos à praça (Central Hotel, Menger Hotel, Schmittis Hotel) de 1867 até 1878 serviam de sede da bolsa para o comércio de gado do Texas, onde vinham fixadas as trilhas dos rebanhos, os preços e formadas as equipas. Era também ao mesmo tempo centro de diversão da cidade, podia-se tomar um banho quente no Sulnon’s Barbershop, jogar bilhar no Crystal Palace ou no Jack Harri’s Saloon, assistir à tarde a corridas de cavalos, ou então ganhar ou perder uma fortuna no Silver King ou no The Banner Gambling House.
Rifle Harpers Ferry
 Alamo Rifle – Rifle que após a batalha de Alamo, era fabricado entre 1836 e 1839 por algum armeiro desconhecido de San Antonio (imitando os rifles Harpers Ferry e Kentucky Rifles, usados pelos Texanos), para a participação anual da parada comemorativa (Dress Parade).

Alamosa Camp – Divisão independente do Rancho Zacaweista (789 milhas quadradas, que se estendia por 6 condados de Wilbarger, Baylor, Archer, Knox, Foard e Wichita no Texas). Os 23 campos possuíam confortáveis casas para uma família de cowboys,  centro variado e necessário para suas funções, centro médico e veterinário.

Alarcón Hernando de – Vice-comandante do explorador e conquistador Espanhol Coronado, que curioso pelas descrições dos índios sobre “bois estranhos”, descobriu em pradarias além de Rio Grande, inúmeras manadas de bisontes e por último o Estado de Colorado.

Alaun - Sulfato de alumínio e potássio, que servia aos índios Navahos, como agente corrosivo durante as suas pinturas em tecidos e peles.

Alawahku – Grupo de índios Pecos, do Novo México.

Alce – Chamado também como Elk ou Moose, vivia nas florestas do Norte e o Waipiti das planícies eram, para certas tribos, animais preciosos que forneciam alimento e o couro para se vestirem. A sua carne era tratada como aquela do bisonte e a pele servia para a confecção de roupas e túnicas. Os dentes, com os quais esse animal cortava grandes árvores, eram especiais para os índios; fixados na extremidade de um bastão, formava um arpão, enquanto que com uma empunhadura menor, transformava-se em pequenos utensílios, como por exemplo, um raspador. As peles foram por um longo período objecto de trocas entre índios, caçadores e comerciantes.

Alder Gulch – (Inglês: Alder Gulch = precipício das árvores),  imenso precipício em Montana, atravessado pelo Alder Creek, no qual William Bill H. em Maio de 1863 com Robert Vaughn, T. Cover, H. Edgar, B. Hughes, Sweeney e Rodgers encontrava o mais rico veio de ouro de Montana. A primeira “peneirada” tinha o valor de 2,80 dólares, a segunda mais de 100 dólares. Dia após dia os homens tiravam ouro do Alder Creek, enchiam os sacos de couro e procuravam manter segredo.  Mas, 10 minutos após terem gasto as primeiras pepitas em Bannack, começava uma das maiores corridas ao ouro, uma verdadeira febre, jamais vista então na América. Surgia Virginia City no espaço de poucas horas e já em 28 de Maio de 1863 acontecia em Beaverhead Creek o primeiro encontro constitucional de garimpeiros de ouro, no qual eram fixadas as regras do negócio. Em 7 de Junho de 1863 eram fixado em 23 artigos, as leis e suas normas, que manteria a ordem comum aos exploradores do minério. No prazo de um ano a cidade do “Precipício das Árvores” tinha mais de 10.000 habitantes e mais de 10 milhões de dólares,  havia sido extraído daquela terra escura.

Alexander H. Stephens – Vice-presidente da Confederação. Velho amigo de Lincoln aceitou em 1861 o cargo, somente porque se sentia ligado por um senso de dever para com o próprio Estado, a Geórgia. Defenderá intensamente a causa dos Sulistas até o fim do conflito, bem sabendo que a Confederação estava destinada a ceder à potência económica do Norte. Até Novembro de 1860 sempre se referiu contrário à Guerra de Secessão. À véspera do conflito tinha escrito, referindo-se à situação do Sul: “A gente parece enlouquecida. Parecem todos furiosos e frenéticos”. Em 1883 seria o Governador da Geórgia, já inválido por uma queda.

Alfabeto Morse – Em 10 de Maio de 1869, concluiriam os trabalhos da ferrovia do Pacífico, e aquelas do Oeste. O telégrafo, inventado por Samuel F. B. Morse (1791-1872), após ter assistido do navio inglês a algumas experiências de electricidade. É também o inventor do “Alfabeto Morse”.

Alforja – Nome Espanhol (em Inglês: saddlebag) dado a um grande saco de couro ou saco de linho engomado (geralmente em formato duplo), que os cowboys colocavam na sela e levavam consigo, no qual era colocado tudo o que haviam. Colocado pelos Cowboys atrás da sela. Nele carregavam os mantimentos que levavam nas longas travessias das pradarias do Oeste selvagem desde munições, os ferros de marcar, a carne seca, as latas de feijão... enfim daquilo que precisavam para as longas viagens. Por vezes lhes serviam de travesseiro também.Um alforje(no Brasil) ou alforge(em Portugal) é um tipo de bolsa, usualmente preso a uma sela, usado para transporte de objetos em animais como o cavalo e o asno. Atualmente, são também utilizados em bicicletas ou motocicletas, usualmente presos ao assento, com o mesmo objectivo.

Títulos de Nobreza

01.Imperador:É a designação dada aos soberanos de algumas nações. Aquele que rege um império. O feminino de imperador é imperatriz. Imperadores são geralmente reconhecidos como superiores aos reis em honra. Seu posto pode ser obtido por hereditariedade, ou por força, como num golpe de estado. Além disso, pode ser um posto conferido por eleição de outros soberanos, como no caso do Sacro Império Romano Germânico. No caso de haver uma imperatriz regente, seu marido não recebe título de imperador, sendo chamado simplesmente de consorte. O termo em Português para imperador deriva do Latim Imperatore(literalmente, "alguém que se prepara contra"; algo como "comandante"). Em alemão, o título Kaiser é usado; em idiomas eslavos, os termos usados são tsar ou czar. Ambos derivam do título romano César. Geralmente, o termo Império designa um estado composto por diferentes nações e nacionalidades, além de um estado nacional comum. Na atualidade o único país que possui um imperador como chefe de estado é o Japão.(Fonte:Wikipédia)

02.Rei (no feminino: rainha) é um chefe de Estado, que pode ou não, dependendo do estilo de governo de uma nação, exercitar os poderes monárquicos sobre um território, normalmente chamado de reino. Um rei é o segundo maior título soberano, a seguir ao de imperador. O equivalente feminino do Rei é a Rainha, embora o termo "rainha" possa referir-se a uma monarca de seu próprio direito, a uma rainha reinante, ou à esposa de um rei, uma rainha consorte. O marido de uma rainha reinante é, por vezes, tratado como rei consorte, mas é mais comumente denominado de príncipe consorte. Um rei ou rainha pode usar uma coroa ou outros símbolos. Historicamente, o termo "rei" tem sido utilizado para os governantes dos povos e os territórios muito pequenos. Um rei (em sumério lugal, em semitico sharrum, em latim rex, em grego basileus, em sânscrito rajá, em alemão kuningaz) poderia ser um líder tribal ou principal, ou o tirano de uma cidade-Estado. Muitas vezes, o rei não tinha só uma função política mas, ao mesmo tempo, uma religiosa, atuando como sumo sacerdote ou divino rei.(Fonte:Wikipédia)


03.Príncipe (feminino: Princesa) é a denominação dada ao chefe de estado de um principado (Príncipe reinante) ou a um membro de uma família reinante. Atualmente existem três principados independentes: Andorra, Mônaco e Liechtenstein. Na maioria das Monarquias o título de Príncipe é dado a todos os filhos de um Chefe de Estado. Nessas Monarquias o Herdeiro do Trono tem, normalmente, um título adicional para o distinguir dos outros Príncipes (Ex.: Príncipe Real, Príncipe Imperial, Príncipe da Coroa, Príncipe Herdeiro, etc.). Em algumas Monarquias o título Príncipe é inclusivamente concedido a nobres não pertencentes directamente à Família Real. Nas Monarquias ibéricas, contudo, o título de Príncipe só é dado aos Herdeiros do trono, recebendo os restantes filhos do Monarca o título de Infante. O termo foi usado pela primeira vez pelo imperador Otávio Augusto no ano de 27 a.C. e vem do Latim "principis", "princeps", que significa ‘‘o primeiro cidadão do estado’’, e era atríbuido anteriormente ao chefe do senado romano como princeps senatus.(Fonte:Wikipédia)

04.Infante todos os filhos legítimos do rei ou rainha de Portugal ou Espanha que não são herdeiros da coroa.Sendo que, o herdeiro da coroa é o único que recebe o título de Príncipe, sendo na Espanha, Príncipe das Astúrias, e em Portugal, Príncipe Real de Portugal. Também os filhos do herdeiro da coroa espanhola (príncipe das Astúrias) recebem o título de Infante, incluindo o herdeiro presuntivo. Os filhos do herdeiro da coroa portuguesa (Príncipe Real de Portugal) recebem o título de Infante, salvo o herdeiro presuntivo que recebe o título de Príncipe da Beira. O feminino de Infante é Infanta. Em Espanha os Infantes recebem o tratamento de Alteza Real (S.A.R.) enquanto em Portugal somente o de Alteza (S.A.). Um Infante português e os seus filhos (mas não os de uma Infanta) têm associado o tratamento de senhor e de Dom, se não forem eles mesmos criados Infantes por especial mercê do soberano português, e.g.: S. Excª o senhor D. João da Bemposta, filho de S.A. o infante D. Francisco de Bragança, Duque de Beja (1691-1742) e neto legítimo do Rei D. Pedro II. O substantivo infante, com inicial minúscula imediatamente antes do nome próprio, é indicativo somente de cavaleiro de infantaria, ou seja, de oficial de guerra. No Brasil, tal título, apesar de continuar em uso após sua independência, foi gradualmente sendo substituído pelo de príncipe do Brasil, para indicar os filhos legítimos e não-herdeiros da Coroa Imperial, e o(a) filho(a) legítimo(a) e Herdeiro(a) da Coroa Imperial era o(a) único(a) que podia ostentar o título de Príncipe Imperial do Brasil.(Fonte:Wikipédia)

05.Grão-duque (no feminino grã-duquesa) é um título de nobreza, usado sobretudo na Europa Central e Oriental, para designar certos soberanos de estados independentes ou semi-independentes de pequena dimensão (grão-ducados). Na hierarquia da nobreza, os grão-duques são considerados inferiores aos reis, mas superiores aos príncipes ou aos duques soberanos. Na Rússia, desde quando Ivan, o Terrível foi coroado tsar, em 1547, o título passou a ser dado aos filhos e netos da linhagem masculina dos tsares. As filhas e netas paternas dos imperadores russos, assim como as consortes dos grão-duques russos, eram geralmente chamadas "grã-duquesas". Actualmente existe na Europa um único grão-ducado independente, Luxemburgo, cujo grão-duque é Henrique de Luxemburgo.(Fonte:Wikipédia)

06.Arquiduque (em alemão: Erzherzog e no feminino: arquiduquesa) era o título nobiliárquico dos filhos da Família Imperial da Áustria e imperante no Sacro Império Romano Germânico (962-1806), os von Habsburg. É imediatamente superior ao de duque e inferior ao de infante. A primeira utilização do título foi com os governantes da Austrásia. Isso porque um dos merovíngios a usou como resultante da sucessão complexa na Casa de Clóvis, Rei dos Francos. No Império Carolíngio, o título foi concebido como promoção exclusiva para o Duque da Lotaríngia, que poderia ser visto como sucessor do Reino da Lotaríngia, que tinha sido o par do Reino da França Ocidental. Com o falecimento de Carlos Magno a parte Oriental ficou conhecida como Frância oriental, que é o precursor do Sacro Império Romano-Germânico. Após a separação da Alta Lotaríngia (moderna Lorena; em alemão: Oberlothringen) e da Baixa Lorena (em alemão:Niederlothringen; correspondente ao Ducado da Lorena). A Capital da baixa foi Colônia e originalmente seu soberano foi investido como Príncipe-bispo, com territórios que se estendiam para o norte até a Frísia. A Baixa Lorena sofreu uma grande fragmentação com os ducados dos Países Baixos, Brabante(principalmente na Bélgica atual) e Gueldres (agora no Reino holandês e dando seu nome à província de Guéldria), reivindicando o posto arquiducal mas nunca foram oficialmente concedidas pelo Sacro Imperador Romano. Em holandês é Aartshertog. O título de Arquiduque da Áustria apareceu com o Privilegium Maius,em 1359, um documento que o Duque Rodolfo IV da Áustria falsificou a assinatura do Sacro Imperador Frederico I que estava originalmente presente no documento Privilegium Minus. Isso porque o Duque Rodolfo IV tentou recuperar a influência política dos Habsburgos na cena europeia, tentando estabelecer relações com o Sacro Imperador Romano Carlos IV de Luxemburgo e aumentar o respeito dos governantes austríacos. No entanto, Rodolfo IV não pertencia aos sete príncipes-eleitores , que - conforme ditado pela Bula Dourada de 1356 - tinha o poder de escolher o Rei dos Germânos/Sacro Imperador. Tal como Carlos IV tinha feito Praga o centro de seu governo, Rodolfo IV fez o mesmo para Viena , dando-lhe privilégios especiais, como o lançamento de projetos de construção e fundação da Universidade de Viena. Tudo isso visando aumentar a legitimidade e influência da Casa e das suas terras austríacas. Para o efeito, no inverno de 1358/1359, Ruoolfo IV ordenou a criação de um documento falsificado chamado Privilegium Maius ("o maior privilégio"). Ela entre outras coisas, determinou o título Palatino Arquiduque assim seria equiparado aos Príncipes-eleitores. Este novo título, contudo, não foi reconhecido pelo Sacro Imperador Carlos IV. O Duque Ernsto, o de Ferroe seus descendentes unilateralmente assumiram, de forma pessoal, o título de "Arquiduque".Arquiduque (em alemão: Erzherzog é um título nobiliárquico que não deve ser confundido com o de Grão-Duque(em alemão: Großherzog ). Este é utilizad por várias Casas Reais e esta em uso em Luxemburgo. Na epifania de 1453, o Sacro Imperador Frederico III, pertencente a Casa de Habsburgo , regulamentou o título de Arquiduque para os membros de sua Casa. Até então nenhum membro de outra Casa Reinante no Sacro Império Romano-GermânicoDucado da Áustria que passou a ser Arquiducado da Áustria. Este é singular na história mundial, pois não houve outro arquiducado. O primeiro a oficialmente a usar o título foi Alberto VI da Áustria, em 1563. Em 1477 o Sacro Imperador Frederico III concedeu a utilização do mesmo título a seu primo, Sigismundo I da Áustria, regente da Áustria Anterior. O filho e herdeiro do Sacro Imperador Frederico III, Maximiliano I, passou a usar o título, após a morte de sua esposa Maria da Borgonha, que simplesmente aparece como Duque da Áustria. Somente com seu filho, Felipe, é que em primeiro lugar aparece nos documentos dos Países Baixos. O sacro Imperador Frederico III, nunca usou o título de Arquiduque, apenas o de Duque até o seu falecimento, em 1493. Ladislau, o Póstumo Duque da Áustria, nunca esteve, em vida, autorizado a usá-lo. Assim consecutivamente ninguém de seu ramo dinástico.(Fonte:Wikipédia)

07.Duque é um título que se refere ao chefe de Estado de um ducado. Pode ser também um título nobiliárquico integrado ou não numa casa real. É um título hereditário, mas pode ser também atribuído a uma pessoa, neste caso normalmente a um filho do monarca reinante ou a uma pessoa cujos serviços o monarca queira recompesar. A origem da palavra "duque" vem do grego biz, douka, e do Latim duce, que significa chefe. Para outros, a origem da palavra está no substantivo latino dux, que significa "o que conduz", usado no Império Romano como comandante militar. A mulher de um duque ou a chefe de um ducado chama-se "duquesa". Os duques recebiam dos reis o tratamento de primos, com todas as dignidades e honrarias inerentes. Na Idade Média, o título foi primeiro instituído entre os monarcas germânicos, a designar os regentes de províncias logo acima dos condes, figurando no mais alto ranque da hierarquia nobiliárquica. Havia, no entanto, variações em seu significado entre os diversos feudos e reinos, sendo mesmo usado por príncipes. Esse hábito foi perpetrado por algumas monarquias, que ainda hoje intitulam seus príncipes mais importantes – especialmente o herdeiro aparente – com algum título de duque, como nos pariatos britânico, belga, dinamarquês, espanhol, holandês e sueco. Na Era Moderna, tornou-se um título nominal sem relação directa alguma com um principado nem ducado. Mantém-se, todavia, como o mais alto título nobiliárquico das principais monarquias ocidentais imediatamente superior ao de marquês e inferior ao de príncipe.Exemplo:Duque de Cambridge, usado pelo herdeiro do trono, o Príncipe William do Reino Unido.(Fonte:Wikipédia)

08.Marquês (no feminino: marquesa) é um título nobiliárquico da nobreza européia, que foi utilizado em outras monarquias originárias do mundo ocidental, como o Império do Brasil. O título, de origem germânica (Markgraf), possui variantes em diversas culturas da Europa. É imediatamente superior ao conde e inferior ao duque. Na hierarquia o termo marquês é introduzido com o imperador Carlos Magno. Os territórios do império que coincidiam com a fronteira eram denominados "marcas", e o responsável pela defesa e administração dessas "marcas" era o margrave. Muito depois, ainda no Sacro Império Romano-Germânico, esses territórios fronteiriços começaram a ser cedidos aos principais condes, passando esses então a marqueses, responsáveis pelos marquesados. Tardiamente, a partir do século XV, o título passou a não mais ser necessariamente relacionado a jurisdição ou a soberania de um território ou a alguma função pública, somente como grau de nobreza. Dependendo do sistema nobiliárquico de cada nação, é comumente um título hereditário, que todavia não costuma ter a possibilidade de honras de grandeza. Em Portugal, o título foi criado no século XV, juntamente com o de duque, conde, visconde e barão, quando deixou de usar-se a tradicional denominação de rico-homem. O primeiro marquês português foi D. Afonso, 1.° duque de Bragança. No Império do Brasil, segundo as regras da nobreza brasileira, a exemplo doutros títulos em seu sistema nobiliárquico, a titulação não estava ligada a soberania ou jurisdição de qualquer território dentro do país, sendo apenas uma alta honraria não-hereditária. Na Inglaterra, o primeiro marquês foi Robert de Vere, 9.° conde de Oxford. Até o ato 1999 da câmara dos lordes, aprovado durante a gestão do primeiro-ministro Tony Blair, o título garantia um assento hereditário na câmara dos lordes.(Fonte:Wikipédia)

09.Conde (do latim comes, comitis, que significa «companheiro») feminino: condessa) é um título nobiliárquico existente em muitas monarquias, sendo imediatamente superior a visconde e inferior a marquês. Inicialmente, na Idade Média, era o senhor feudal, dono de um ou mais castelos e de terras denominadas condado, mas posteriormente, a partir do século XIV, o título nobiliárquico foi utilizado apenas como grau de nobreza.Inicialmente era um título militar do Baixo Império Romano, associado à autoridade militar e civil, do cônsul, que, mais tarde, passou aos bárbaros, assim designando seus principais colaboradores e seus representantes. Embora esta seja a origem dos primeiros títulos de conde, isto não compete com a realidade, visto que o Império Romano decaiu há mais de 1500 anos, dando início a Idade Média. Desde o século V o feudalismo passou a vigorar e posteriormente foi iniciado o renascentismo. Os condes fazem parte da nobreza e, portanto, da elite da sua nação. Inicialmente, na Idade Média, era o senhor feudal, dono de um ou mais castelos e de terras denominadas condado, mas posteriormente, a partir do século XIV, o título nobiliárquico foi utilizado apenas como grau de nobreza. Os condes, a partir dessa data(século XIV), como a sociedade passou a organizar-se em países, os nobres que moravam em castelos foram pouco a pouco mudando-se para as cidades, mudando-se para palacetes urbanos, formando cortes de nobres. Os condes, já no século XVII, praticam ofícios elitistas e alguns desses nobres detém propriedades rurais. Sendo que, na sua maioria, descendem da nobreza antiga. O conceituado Henrique da Gama Barros afirma que, em Portugal, a partir de meados do século XII, os condes leoneses eram nomeados pelos monarcas. No início da Terra Portuguesa, o título não foi usado pois competiam aos nobres que detinham o título de rico-homem, sendo este o único título nobiliárquico utilizado até o século XIII, as funções públicas do antigo conde leonês. Verifica-se que a partir do século XIV o título foi usado com mais frequência, mas como grau de nobreza, sem que por isso lhe estivesse adstrito o exercício de qualquer função pública.(Fonte:Wikipédia)

10.Visconde é um título nobiliárquico de categoria superior à de barão e inferior à de conde. Em Espanha, de Filipe IV até 1846, existiu a instituição do viscondado prévio, condição de entrada definitiva da nobreza. Em Portugal, o primeiro visconde foi D. Leonel de Lima, feito visconde de Vila Nova de Cerveira durante do reinado de D. Afonso V. No reinado de D. Maria I é criado, entre outros, o visconde de Balsemão. O apogeu de criação de viscondados situa-se na época liberal, especialmente a partir dos meados do século XIX. De 1848 a 1880 foram concedidos pelo menos 86 novos títulos; contudo a maioria destes títulos foram concedidos em vida e não foram renovados.(Fonte:Wikipédia)

11.Barão (feminino: baronesa) é um título nobiliárquico existente em muitas monarquias, sendo imediatamente inferior a visconde e superior a baronete. Os barões pertencem a nobreza do estado, e portando, fazem parte da elite, tendo propriedades rurais, ocupando cargos políticos e por vezes descendem da nobreza antiga, tendo às vezes uma formação cultural elevada. A baronia era a terra que conferia ao possuidor o título de barão, mas também, na época feudal qualquer grande feudo . Foi a princípio, no Império Romano, cargo administrativo, equivalente ao papel de fiscalização dos prefeitos das redondezas da capital romana. Hoje, se sabe, foi título criado pelo Imperador Adriano para premiar soldados e administradores que se destacavam em suas atribuições, mas que não tinham direito a se assentar na alta nobreza em Roma.Embora esta seja a origem dos primeiros títulos de barões, isso não compete com a realidade, visto que o Império Romano decaiu no final do século V, há mais de 1500 anos. Este acontecimento deu início a Idade Média, que tinha um sistema totalmente diferente da época Imperial Romana. Desde então, foi iniciado o Feudalismo e toda uma hierarquização social nova. Para a sua origem podemos então recuar, possivelmente já só até essa época e inicialmente ao conceito da hereditariedade da nobreza e ao de varão.(Fonte:Wikipédia)

12.Comendador é o detentor de uma comenda que é um benefício que antigamente era concedido a eclesiásticos e a cavaleiros de ordens militares, mas que costuma designar apenas uma distinção puramente honorífica. No passado, podia remeter ainda a uma porção de terra doada oficialmente como recompensa por serviços prestados, ficando o beneficiado com a obrigação de defendê-la de malfeitores e inimigos.(Fonte:Wikipédia)

12.Sir ("Senhor", em inglês) é o título nobiliárquico britânico superior a baronete, inferior a barão, e significa aquele que tem domínio sobre algo ou alguém. Historicamente, o título de senhor indicava a superioridade de alguém em relação aos escravos dos quais era amo ou aos vassalos aos quais dominava em troca de protecção. Foi também utilizado como forma de agraciar algumas personalidades da nobreza e da realeza. Nos tempos medievais, este era o título daquele que possuía domínio sobre um feudo (senhor feudal). O sir é integrante dos Knights of the British Empire ("Cavaleiros do Império Britânico"). Seu equivalente feminino é dame (dama). A pronúncia no AFI do título é: /sə/ (forma fraca). A forma forte /sɛ:/ só se usa ao falar coloquialmente com qualquer homem. Por exemplo: Yes, sir? ("Sim, senhor?").(Fonte:Wikipédia)

13.Baronete (Baronet) é o mais baixo título de nobreza hereditário britânico. É inferior ao de Barão (Baron) e superior ao de Cavaleiro (Knight). Usa-se comumente o prefixo Sir seguido do primeiro nome, para homens e Lady seguido do último nome, para mulheres. E.g. Sir William Antrobus e Lady Antrobus.(Fonte:Wikipédia)
Armaduras no Museu de Nova Iorque
15.Cavaleiro é, na acepção mais básica da palavra, uma pessoa que monta a cavalo, mas o termo encerra uma grande variedade de sentidos, já que o fato de montar a cavalo teve, historicamente, significados muito diferentes. Para os gregos e romanos, ser cavaleiro implicava prestígio social e econômico.
Na Grécia Antiga, hippeis, literalmente "cavalaria", constituía a segunda mais alta dentre as quatro classes sociais de Atenas e era constituída pelos homens que podiam comprar e manter um cavalo de guerra, a serviço da pólis. A hippeis é comparável aos equestres romanos e aos cavaleiros medievais.
Cavaleiro em uma encruzilhada
A cavalaria romana era um corpo do exército romano, composta pelos equites, recrutados desde os tempos de Rômulo entre os cidadãos romanos. Posteriormente foram incluídos os socii latinos e, finalmente, também os provinciais (auxiliares).
                                                                      Entre as tribos nômades da Ásia Central, o cavalo não foi apenas o meio de transporte que permitiu o deslocamento desses povos desde as planícies da Mongólia até às fronteiras da Europa central - como no caso dos Hunos e dos exércitos de Gengis Khan. O animal também figurava em rituais mágicos religiosos e, no limite, podia servir como alimento. Por ocasião da morte do cavaleiro, seu cavalo chegava mesmo a ser enterrado com ele, o que era usual entre algumas tribos hititas. Na Idade Média, a cavalaria era uma instituição, dotada de um código de conduta e de honra próprio que regulava não somente a arte da guerra, mas também a conduta social. Na guerra, o uso do cavalo para tracção dos carros de ataque foi abandonado, e o animal passou a ser usado apenas como montaria. Dada a necessidade de protecção do cavaleiro, foi inventada a armadura, que evoluiu nos seus vários estilos, dando origem à cavalaria pesada, uma das mais poderosas armas das guerras medievais. 
As palavras cavalarias e cavaleiro derivam do baixo latim 'caballus, que originalmente significava "cavalo castrado" ou "cavalo de trabalho", em oposição ao termo latino clássico Equus - aplicável aos cavalos de boa raça, utilizados na guerra pelos Equites, a ordem equestre romana, correspondente aos Hippeis da Grécia Antiga.
Ordens Monásticas de Cavalaria
A maioria das ordens e congregações religiosas católicas surgiu nos primeiros séculos da Era Cristã. São diversas organizações de homens e mulheres, leigos e clérigos consagrados e dedicados às mais diferentes atividades pastorais e religiosas.
A Ordem de Cavalaria de Alcântara (em castelhano, Orden de Alcántara) é uma ordem militar criada no ano 1154 no Reino de Leão e de caráter quase exclusivamente estremenho. Nasceu em Portugal, nas ribeiras do Rio Côa (Beira Alta), como Ordem de São Julião do Pereiro, instituída por D. Henrique, Conde de Portugal, em 1093. Depois de sua conquista aos muçulmanos, a defesa da cidade de Alcántara foi outorgada à Ordem de Calatrava em 1214, mas quatro anos mais tarde renunciaram à defesa. Então Afonso IX de Leão encomendou a defesa à recentemente formada ordem dos Cavaleiros de São Julião de Pereiro em troca de certa dependência de filiação com respeito à ordem de Calatrava, daí que adotassem também a regra de Cister. A raíz do estabelecimento de sua sede central na vila recebida, o primitivo nome de "ordem de São Julião"' foi desaparecendo paulatinamente, até que em 1253 seus mestres se intitulavam «mestres da ordem de Alcântara», ficando reduzida San Julián del Pereiro a ser uma simples comenda da ordem. Suas primeiras possessões se localizavam mais ao norte do que logo seria o núcleo principal de assentamento. Somaram-se Santibáñez e Portezuelo, depois de ganhar um pleito à ordem dos Templários, assim como Navasfrías, doada por Afonso IX, e Valência de Alcântara, conquistada pelos cavaleiros da ordem em 1220. O começo de seu assentamento no leste da província de Badajoz, na comarca de La Serena, que seria o outro grande núcleo do senhorio da ordem, tem lugar em 1231 quando conquista Magacela, que seria doada definitivamente à ordem três anos depois por Fernando III, o Santo como compensação por certos direitos alegados sobre a vila de Trujillo. Ao mesmo tempo, a ordem recebe o encargo do rei de repovoar Zalamea, conquistada por esses anos. Depois da conquista de Córdoba em 1236 por Fernando III, pode-se dizer que a ordem completou na prática suas possessões. Então foram doadas Benquerencia e Esparragal, esta última conquistada pelos templários. Ainda que a ordem tenha participado na conquista da Andaluzia, apenas recebeu doações nessa região, limitadas aos castelos de Morón e Cote e o lugar do Arahal, que foram doados por Sancho IV em 1285, mas permutados com Pedro Girón no século XV (1461) em troca de Salvatierra, Villanueva de la Barcarrota e o castelo de Azagala. Em 1492 o Rei Católico Fernando II de Aragão conseguiu do Papa Alexandre VI a concessão do título de Grão-Mestre da ordem com caráter vitalício. Então, os territórios dos alcantarinos abarcam parte da atual província de Cáceres em seu límite com Portugal, Sierra de Gata e grande parte da zona oriental da província de Badajoz (a comarca de La Serena). Uma extensão aproximada de 7000 km², sem incluir algumas possessões isoladas na Andaluzia e Castela. Nesse século a potência militar da ordem de Alcântara é menor que a de Santiago e a de Calatrava, devido a suas menores possessões territoriais e, em consequência, seu menor poder econômico. Em 1522, Adriano VI foi mais além, ao conceder a Carlos I os títulos de Grão-Mestre das três ordens militares da Espanha com caráter hereditário. Desde 1875 a ordem é simplesmente uma condecoração pessoal concedida pelo Rei da Espanha por serviços militares.
A Ordem de Cavalaria de São Bento de Avis (inicialmente chamada de Milícia de Évora ou Freires de Évora) foi uma ordem religiosa militar de cavaleiros portugueses. Esta Ordem parece ter tido origem em Castela, como ramo da Ordem de Calatrava, embora muitos historiadores afirmem sua criação em Portugal, no século XII, por D. Afonso Henriques.O Reino de Portugal, fundado na primeira metade do século XII, não foi apenas contemporâneo das Cruzadas do Oriente, mas conduziu a sua própria guerra de cruzada contra os Mouros - a chamada Reconquista cristã. Nesse contexto, nasceram na Península Ibérica ordens religiosas autónomas, de carácter supranacional, destinadas a expulsar os muçulmanos do território - paralelamente às ordens nascidas na Terra Santa, como os Templários ou os Hospitalários. Entre as ordens de carácter ibérico, destacam-se a Ordem de Santiago, a Ordem de Alcântara e a Ordem de Calatrava. Esta última, fundada em 1158 com o auxílio do rei Sancho III de Castela, foi logo confirmada por bula papal, adoptando a regra de São Bento e a Constituição da Ordem de Cister. Da Ordem de Calatrava viria a nascer, como braço autónomo no reino de Portugal, a futura Ordem de São Bento de Avis. Por seguirem a regra beneditina, daí advém a origem do hábito das ordens de Calatrava e Avis - branco, com uma cruz flordelisada (vermelha, no caso da Ordem de Calatrava, e verde, na de Avis). De igual modo, o estabelecimento dessa regra impedia os seus membros de se casarem (ao contrário de outras ordens religiosas militares, cujos membros eram leigos). Contudo, o concubinato era bastante comum, o que levou a que o Papa Alexandre VI (em 1402) tolerasse o casamento, como forma de prevenir eventuais concubinagens e desregramentos da vida conventual. Afonso I de Portugal, viria a ocupar Évora cerca de 1165, e cerca de 1175 doaria bens na cidade, intramuros, aos frades de Calatrava instalados em Portugal - donde o primeiro nome dessa milícia em solo lusitano: os freires de Santa Maria de Évora ou milícia de Santa Maria de Évora - a fim de a povoarem, desenvolverem e organizarem. Inclusivamente, o primeiro rei viria a conceder a um seu filho ilegítimo, Pedro Afonso, mestre da Ordem de Avis, o cargo de primeiro mestre dessa ordem em solo português. Embora os Freires de Évora mantivessem a obediência que deviam ao seu prior em Castela, cedo porém ganhou foros de «ordem nacional», sobretudo a partir do momento em que se deslocam para o lugar de Avis, que lhes fora doado em 1211 pelo rei Afonso II. O nobre D. Martins de Avelar assume oficialmente o mestrado da Ordem de Avis até sua subita morte no verão de 1364. Por volta de 1364, o rei Pedro I de Portugal entrega o mestrado da ordem ao seu bastardo João, filho do relacionamento com uma dama galega de nome Teresa Lourenço. Seria este mesmo João que, após a morte de Fernando, viria a congregar inúmeros apoios na luta contra Beatriz de Portugal, a legítima herdeira do trono, vencer o rei castelhano João I em Aljubarrota e a ser declarado rei pelas Cortes de Coimbra de 1385. A ascensão de D. João, Mestre de Avis, ao trono de Portugal, ditou, por um lado, a integração do mestrado dessa ordem na Coroa de Portugal (sendo nomeados ou membros da família real, ou nobres da inteira confiança do monarca, como foi o caso do primeiro grão-mestre após D. João, Fernando Rodrigues de Sequeira), e por outro, um maior afastamento face à Ordem de Calatrava; após 1385, os cavaleiros da Ordem recusaram-se a reconhecer o grão-mestre castelhano, Gonçalo de Guzmán, como seu superior. Isto conduziu inclusivamente a problemas junto do Papado (a que se juntava o posicionamento de ambas as coroas durante o Grande Cisma do Ocidente, com João I de Portugal a apoiar o Papa de Roma, e João I de Castela, o cismático de Avinhão), apenas resolvidos definitivamente com o concílio de Basileia-Ferrara-Florença (1431). Por outro lado, a subida ao trono de um mestre de Avis levou a que lhe fosse concedida dispensa canónica para celebrar casamento, já que, ao abrigo da regra beneditina que a Ordem de Avis seguia, os membros da dita ordem professavam voto de castidade. Com a subida ao trono de João I de Portugal reacende-se a chama da guerra de cruzada, há muito perdida em Portugal; as conquistas no Magrebe conduzem as ordens religiosas a novas paragens. Assim, os cavaleiros de Avis (bem como os de Cristo, a outra ordem nacional portuguesa) estarão presentes na conquista de Ceuta (1415), bem como no falhado ataque a Tânger (1437), no qual ficou detido (e acabou por morrer em cativeiro com fama de santidade) o infante D. Fernando, o qual era então mestre da Ordem desde 1434. Por sua morte, em Fez, em 1443, passou o mestrado para as mãos do filho mais velho do regente Pedro, Duque de Coimbra, também chamado Pedro (o qual viria a ser, por breve período, rei de Aragão). A ordem foi depois herdada pelo príncipe D. João (futuro João II de Portugal), pelo seu filho ilegítimo Jorge de Lencastre, e, por morte deste, em 1551 (reinado de João III de Portugal), o grão-mestrado da Ordem de Avis foi incorporado perpetuamente à Coroa, perdendo todo o seu carácter religioso. Nesse mesmo ano, o Papa Júlio III viria permitir que os seus membros pudessem dispor livremente dos seus bens (contrariando também o voto de pobreza feito pelos seus membros). Por esta altura, o único critério que passou a ser necessário para a admissão na Ordem era a pertença ao Estado da Nobreza, o que foi confirmado por um decreto de 1604. Em 1 de Agosto de 1789, a rainha Maria I de Portugal, com o auxílio do Papa Pio VI, tentou reformar a ordem de Avis, mas acabou apenas por secularizá-las - as três ordens - (Avis, Santiago e de Cristo), embora tivesse mantido o grão-mestrado integrado ainda à Coroa. Desta secularização radicou o nascimento da Banda das Três Ordens (uma faixa tripartida de púrpura, vermelho e verde, representando respectivamente as Ordens de Santiago, Cristo e Avis), com a qual foram desde então agraciados os chefes de Estado portugueses (reis ou presidentes) quando da sua subida ao poder, como símbolo da magistratura que exercem. A ordem foi também levada para o Brasil, pelo príncipe regente D. João e, em 1834, o regente D. Pedro, Duque de Bragança, em nome da jovem rainha Maria II, aboliu completamente a ordem. Esta, contudo, viria a ser restaurada em 1894, durante o governo de Hintze Ribeiro, com o carácter de ordem honorífica que ainda hoje mantém, destinando-se a condecorar personalidades militares que tivessem obrado papel de relevo. Novamente extinta em 1910 (em conjunto com as demais ordens), pelo Governo Provisório da República Portuguesa, que julgava a atribuição de ordens algo próprio do carácter de não-igualdade social da Monarquia, foi restaurada (de novo também com as honoríficas Ordem Militar de Cristo e a Ordem de Sant'Iago da Espada) em 1918 por Sidónio Pais, no quadro da Primeira Guerra Mundial (julgou-se então ser oportuno condecorar os militares que se haviam distinguido nas campanhas contra os Alemães em Flandres, em Angola e em Moçambique - isto muito embora o próprio Sidónio fosse contra a participação de Portugal na guerra). Após o seu assassinato em Dezembro desse ano, não se voltou ao statu quo ante; o regime das ordens foi depois regulamentado, já durante o Estado Novo (1962), e mais recentemente, em 1986, quando se definiu as atribuições de cada ordem e o seu regime de concessão, em exclusivo, por iniciativa do Presidente da República, Grão-Mestre das Ordens. Assim sendo, a Ordem Militar de Avis ficou destinada a premiar serviços militares de excepcional relevo, sendo apenas atribuída a quadros das Forças Armadas e/ou militarizadas (isto é, da Guarda Nacional Republicana, GNR e da Guarda Fiscal), bem ainda como a corpos ou unidades militares, a título colectivo, podendo a condecoração ser efectuada em vida ou postumamente. A insígnia desta Ordem é originalmente composta por uma cruz latina verde, flordelizada. No Brasil, fita e banda verde, com orla vermelha. Por fim, divide-se a atribuição do título da ordem nos graus de cavaleiro (ou dama), oficial, comendador, grande-oficial e grã-cruz
   

Ordem de Cavalaria de Calatrava No ano de 1150, Afonso VII de Castela doou à Ordem dos Templários os domínios e o Castelo de Calatrava, no rio Guadiana, para os defenderem das arremetidas dos Mouros. Abandonado pouco depois, só no tempo de Sancho III de Castela o castelo voltou a ser ocupado pelo abade D. Raimundo e mais alguns monges que seguiam a regra da Ordem de Cister. Por essa época, o número de cavaleiros da Ordem aumentou rapidamente, e o Papa reconheceu a Ordem de Calatrava em 1164. Tendo alguns frades da nova Ordem vindo a radicar-se em Évora, em Portugal, em 1211, D. Afonso II (1211-1223) doou-lhes os domínios de Avis, e acredita-se que, já nessa época, a Ordem portuguesa de Avis tivesse um estatuto independente, embora continuasse subordinada à castelhana. A insíginia da Ordem é uma cruz floreada de vermelho, no hábito.

A Ordem de Cavalaria de Malta (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, também conhecida por Ordem do Hospital, Ordem de S. João de Jerusalém, Ordem de S. João de Rodes, etc.), é uma organização internacional católica que começou como uma Ordem Beneditina fundada no século XI na Terra Santa, durante as Cruzadas, mas que rapidamente se tornaria numa Ordem militar cristã, numa congregação de regra própria, encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra. Face às derrotas e consequente perda pelos cruzados dos territórios na Palestina, a Ordem passou a operar a partir da ilha de Rodes, onde era soberana, e mais tarde desde Malta, como estado vassalo do Reino da Sicília. Atualmente, a Ordem de Malta é uma organização humanitária soberana internacional, reconhecida como entidade de direito internacional. A Ordem dirige hospitais e centros de reabilitação. Possui 12.500 membros, 80.000 voluntários permanentes e 20.000 profissionais da saúde associados, incluindo médicos, enfermeiros, auxiliares e paramédicos. Seu objetivo é auxiliar os idosos, os deficientes, os refugiados, as crianças, os sem-teto e aqueles com doença terminal e hanseníase, atuando em cinco continentes do mundo, sem distinção de raça ou religião.  O nome completo oficial é Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta, ou Sovrano Militare Ordine Ospedaliero di San Giovanni di Gerusalemme di Rodi e di Malta (em italiano).Convencionalmente, é também conhecida como Ordem de Malta. A Ordem tem um grande número de conventos e associações locais ao redor do mundo, mas também existe um certo número de organizações com semelhantes nomes sonantes que não estão relacionados, incluindo diversas ordens que procuram capitalizar sobre o nome.Na heráldica eclesiástica da Igreja Católica Romana, a Ordem de Malta é uma das duas únicas (sendo o outro a Ordem do Santo Sepulcro), cuja insígnia pode ser exibida em um brasão de armas clerical (Leigos não têm nenhuma restrição). Por volta de 1099, alguns mercadores de Amalfi fundaram em Jerusalém, sob a regra de S. Bento e com a indicação de Santa Maria Latina, uma casa religiosa para recolha de peregrinos. Anos mais tarde construíram junto dela um hospital que recebeu, de Godofredo de Bulhão, doações que lhe asseguraram a existência, desligou-se da igreja de Santa Maria e passou-se a formar congregação especial, sob o nome de São João Baptista.Em 1113, o Papa nomeou-a congregação, sob o título de São João, e deu-lhe regra própria. Em 1120, o francês Raimundo de Puy, nomeado grão-mestre, acrescentou ao cuidado com os doentes o serviço militar. Assim é a origem da Ordem dos Hospitalários ou de São João de Jerusalém, designada por Ordem de Malta a partir de 1530, quando se estabeleceu na ilha do mesmo nome, doada por Carlos V do Sacro Império Romano-Germânico.Ordem de aristocratas, nunca teve entre os seus cavaleiros pessoas que não pertencessem à fidalguia. O hábito regular consistia numa túnica e num grande manto negro, no qual traziam, pregada no lado esquerdo, uma cruz de ouro, com esmalte branco.Os Hospitalários tomaram parte nas Cruzadas e tinham seu hospital em Jerusalém. Mesmo depois do fim das Cruzadas, a ordem continuou. Enfrentou o Império Otomano em diversas batalhas, como a Batalha de Lepanto e o Cerco de Rodes. De início, na Península Ibérica, havia uma só sede (língua), a de Aragão, que englobava os reinos de Portugal, Leão, Navarra, Aragão e Castela. Em Portugal, entre os bens da ordem, tinha especial importância o priorado do Crato. Os reis viram, receosos, crescer o poder dos senhores do Crato, que se acentuou mais com a rebelião de D. Nuno Gonçalves contra a regência do infante D. Pedro (1392-1449). D. João III, por morte do conde de Arouca, doou o priorado a um membro da família real, o infante D. Luís, em 1528, que se intitulou grão-prior. Então o Rei, com vista a futuros protestos, consegue do papa Júlio III a bula de 1551, que D. António, filho natural do infante, fosse nomeado sucessor do pai. D. Maria I consegue do Papa a independência do grão-mestrado de Malta e, poucos anos depois, o mesmo Papa decretou por bula em 1793 que, assim como pelo lado temporal o grão-priorado de Portugal ficaria isento de qualquer interferência de Malta, também pelo lado espiritual dependeria apenas da Santa Sé. Assim, D. Pedro e D. Miguel foram grãos-priores do Crato. A ordem foi extinta em 1834 e os bens incorporados na Fazenda Pública. A Ordem de São João chegou à Alemanha durante os séculos XII e XIII, onde fundou um Grão-Priorado. Em 1530, uma secção do Grão-Priorado, a Bailia de Brandenburgo, aderiu à reforma protestante, sob a proteção dos Margraves de Brandenburgo, que se tornariam reis da Prússia. A Bailia manteve relações amigáveis com a Ordem Soberana de Malta. Em 1811, a Bailia de Brandenburgo foi suprimida pelo Príncipe da Prússia, que posteriormente fundou a Ordem Real Prussiana de São João como uma Ordem de Mérito. Em 1852 a Ordem recuperou o nome de Bailia de Brandenburgo e se tornou uma nobre Ordem da Prússia. Em 1918, após a queda da monarquia, ela foi separada do Estado e recuperou sua independência. A Johanitter Orden está presente em diversos países europeus, além do América (Canadá, Estados Unidos, Colômbia, e Venezuela) e África do Sul trabalhando em especial na Alemanha mantendo hospitais e asilos, e é responsável por um importante serviço de ambulância - o 'Johanniter Unfallhilfe'. Ela tem afiliações independentes na os Países Baixos, Suécia, Finlândia, França, Hungria, e Suíça A possessão mediterrânica de Malta foi capturada por Napoleão em 1798 durante a sua expedição para o Egipto. Este teria pedido aos cavaleiros um porto-salvo para reabastecer os seus navios e, uma vez em segurança em Valetta, virou-se contra os anfitriões. O Grão-Mestre Ferdinand von Hompesch, apanhado de surpresa, não soube antecipar ou precaver-se deste ataque, rapidamente capitulando para Napoleão. Este sucedido representou uma afronta para os restantes cavaleiros que se predispunham a defender a sua possessão e soberania. A Ordem continuou a existir, compactuando com os governos por uma retoma de poder. O Imperador da Rússia doou-lhes o maior abrigo de Cavaleiros Hospitalários em São Petersburgo, o que marcou o início da Tradição russa dos Cavaleiros do Hospital e posterior reconhecimento pelas Ordens Imperiais Russas. Em agradecimento, os Cavaleiros depuseram Ferdinand von Hompesch e elegeram o Imperador Paulo I como Grão-Mestre que, após o seu assassinato em 1801, seria sucedido por Giovanni Battista Tommasi em Roma, restaurando o Catolicismo Romano na Ordem. No início da década de 1800, a Ordem encontrava-se severamente enfraquecida pela perda de Priores em toda a Europa. Apenas 10% dos lucros chegavam das fontes tradicionais na Europa, sendo os restantes 90% provindos do Priorado Russo até 1810, facto cuja responsabilidade é parcialmente atribuída pelo governo da Ordem, que era composta por Tenentes, e não por Grão-Mestres entre 1805 e 1879, até o Papa Leão XIII restaurar um Grão-Mestre na Ordem, Giovanni a Santa Croce. Esta medida representou uma reviravolta no destino da Ordem, que se tornaria uma organização humanitária e cerimonial. Em 1834, a Ordem, reactivada, estabeleceu nova sede em Roma e foi, a partir daí, designada como Ordem Militar Soberana de Malta.

A Ordem de Cavalaria Militar de Santiago é uma ordem religiosa-militar castelhano-leonesa instituída por Afonso VIII de Castela e aprovada pelo Papa Alexandre III, mediante una bula outorgada em 5 de Julho de 1175. Tornando-a assim uma ordem supranacional, directamente responsável perante o chefe máximo da Cristandade. Apesar disso, os primórdios da ordem são confusos, já que, antes de ser instituída formalmente por Afonso VIII, já o seu sobrinho-neto Fernando II de Leão lhes havia concedido a guarda da cidade de Cáceres, na Extremadura (a qual, no entanto, tiveram que abandonar por haver sido conquistada pelos muçulmanos). Os Cavaleiros de Santiago, chamados Santiaguistas ou Espatários (por ser o seu símbolo uma espada em forma crucífera – ou uma cruz de forma espatária, dependendo do ponto de vista), fizeram votos de pobreza e de obediência, mas, seguindo a regra de Santo Agostinho ao invés da de Cister, os seus membros não eram obrigados ao voto de castidade, e podiam como tal contrair matrimónio (alguns dos seus fundadores eram casados). No entanto, a bula papal recomendava (não obrigava) o celibato, e os estatutos da fundação da Ordem afirmavam, seguindo um princípio das cartas paulinas: "Em castidade conjugal, vivendo sem pecado, assemelham-se aos primeiros padres apostólicos, porque é melhor casar do que viver consumindo-se pelas paixões". Afonso VIII cedeu-lhes Uclés (em 1174), que se tornou a principal sede da ordem – donde, a designação usada nos primeiros tempos para a Ordem como Ordem de Uclés – e mais tarde Moya, Mira Osa, Montiel e Alfambra.Os Espatários participaram na reconquista de Teruel e Castellón e combateram na batalha de Navas de Tolosa (1212). Os monarcas, primeiro de Leão, depois de Castela, concederam-lhe inúmeros privilégios, para além de lhe darem a posse de extensas regiões, com o intuito de as repovoar, na Andaluzia e em Múrcia. Durante o século XV, a ordem transferiu o seu campo de actuação para a Serra Morena, e os seus mestres tomaram como residência a povoação de Llerena (Badajoz), proporcionando um grande crescimento na região. Com o passar do tempo e o fim da Reconquista, a Ordem de Santiago viu-se implicada nas lutas internas de Castela. Ao mesmo tempo, devido aos seus inúmeros bens, teve que, por várias vezes, sustentar as pretensões da Coroa. Por outro lado, sendo o cargo de Grão-Mestre de tamanha importância, eram frequentes as lutas entre grandes famílias para alcançar essa dignidade. Devido a todos estes problemas, após a morte do Grão-Mestre Alonso de Cárdenas em 1493, os Reis Católicos pediram à Santa Sé que providenciasse uma forma de acabar com os problemas na administração da ordem, reservando para si mesmos o mestrado da ordem – medida que era ao mesmo tempo uma necessidade e uma recompensa pelos serviços prestados pelos reis de Castela e Aragão ao serviço da fé católica (em 1492 fora conquistado o último reduto muçulmano da Península Ibérica – Granada). Assim, por uma bula de 1493, o papa concedeu aquela dignidade aos Reis Católicos. Após a morte de Fernando, o Católico, tornou-se grão-mestre da Ordem Carlos I de Espanha; volvidos sete anos, em 1523, o Papa Adriano VI uniu para sempre à coroa de Espanha os grão-mestrados das Ordens de Santiago, Calatrava e Alcântara, tornando-se este um mero título hereditário dos reis de Espanha. Até então, o Grão-Mestre de Santiago era eleito pelo Conselho dos Treze, assim chamado por estarem presentes treze cavaleiros designados de entre os governadores e comendadores provinciais da Ordem    
Em Portugal, a ordem começou também a actuar logo desde os seus primórdios, ainda em reinado de Afonso Henriques, mas só teve maior visibilidade a partir do reinado de Afonso II, e sobretudo, Sancho II. Detiveram como sedes o castelo de Palmela e, depois, o de Alcácer do Sal, que se tornou sede da província espatária portuguesa.

Foi mestre comendatário da Ordem em Alcácer o grande Paio Peres Correia, que acabaria por chegar a Grão-Mestre da Ordem, em Uclés, mas não sem antes ter dado um valoroso contributo para a reconquista de Portugal – as suas forças, muitas das vezes lideradas por ele pessoalmente, conquistaram, entre 1234 e 1242, grande parte do Baixo Alentejo e do Algarve (Mértola, Beja, Aljustrel, Almodôvar, Tavira, Castro Marim, Cacela ou Silves); foi também com o auxílio desta Ordem que Afonso III consumou a conquista do Algarve, em 1249, tomando os derradeiros redutos muçulmanos de Faro, Loulé, Albufeira e Aljezur. Como recompensa, a Ordem foi agraciada, em territórios portugueses, com várias dessas terras do Alentejo e do Algarve, com a missão de as povoar e defender. A isso não é alheio, ainda hoje, o facto de muitas delas terem por orago Santiago Maior, e de nas suas armas figurar a cruz espatária. Chamada, mais tarde, Ordem de Santiago da Espada, constituiu-se em ordem honorífica em Portugal, da qual o chefe do Estado português se constitui o Grão-Mestre.
            

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